A 2ª edição do Seminário Psicologia nas Escolas, promovida pela Comissão de Psicologia e Educação do CRP-RJ (COMPSIEDUC) entre os dias 24 e 25 de junho na UNIRIO, reuniu mais de 250 pessoas, entre psicólogas (os), estudantes e profissionais da Educação.
Com tema “Psicopedagogia com que Psicologia?”, o evento teve uma programação repleta de mesas de debates, além de uma exposição dos desenhos diários de Escola, de Alex Frechette, lançamento do livro “Conversações em Psicologia e Educação”, organizado pela COMPSIEDUC, e grupos de trabalho, nos quais as (os) participantes puderam compartilhar experiências em Psicopedagogia e em Psicologia Escolar e Educacional.
Helena Rego Monteiro (CRP 05/24180), conselheira vice-presidente do CRP-RJ e presidente da COMPSIEDUC, iniciou o evento exibindo flashs do II Seminário de Psicologia e Direitos Humanos que aconteceu em 2006, também na UNIRIO.
Após o vídeo, começou a mesa de abertura com presença da conselheira-presidente do CRP-RJ, Janne Calhau Mourão (CRP 05/1608), do presidente do Sindicato dos Psicólogos do Estado do Rio de Janeiro, Marinaldo Santos Silva (CRP 05/5057), da psicóloga e professora da UNIRIO Sandra Albernaz (CRP 05/662), do psicólogo e professor da UFRJ Francisco Portugal (CRP 05/19783), da psicóloga e professora da UFRRJ Fernanda Canavêz (CRP 05/32285) e da psicóloga e professora da UFF Katia Aguiar (CRP 05/5549).
“Esse filme me emocionou muito”, afirmou Janne. “Eu pude relembrar a Beatriz Sá Leitão, que deu origem ao prêmio de Direitos Humanos do CRP-RJ no ano passado, e de como ela foi uma companheira de trabalho militante e afetuosa”. 
Janne, que também é presidente da Comissão Regional de Direitos Humanos do CRP-RJ (CRDH) desde 2013, comentou a relação da CRDH com a Comissão de Psicologia e Educação. “A CRDH foi fomentando e gestando uma série de outras comissões e a primeira delas foi a Comissão de Educação, seguida das Comissões de Saúde, Assistência Social e Justiça. Nós sempre trabalhamos em conjunto, de modo transversal, trocando experiências”.
Sandra Albernaz destacou o a difícil realidade que os professores vivem nas escolas brasileiras: “Os professores vivem frequentemente um grande sentimento de desamparo, angústia e impotência, tendo várias síndromes como a perda de voz e depressão”. A professora da UNIRIO afirmou, ainda, que “quando pensamos em questões escolares, não devemos apenas pôr o aluno como centro dos debates, mas incluir também o professor”.
Marinaldo centrou sua fala na relação do SINDPSI com a temática da medicalização. “Como presidente do Sindicato e psicólogo atuante na área da Educação, fui convidado a participar da Comissão de Educação do CRP-RJ. Atualmente, o SINDPSI integra também o Fórum sobre a Medicalização da Educação e da Sociedade”.
Katia Aguiar apontou a criação do Fórum como uma iniciativa “potente na quebra das fronteiras interdisciplinares” nos debates sobre Educação. Ainda segundo ela, as (os) psicólogas (os) precisam estar atentas (os) e ter “a sensibilidade de pensar o que nós queremos da nossa profissão, fazendo o acompanhamento, monitoramento da construção da nossa prática profissional, inclusive nas políticas públicas”.
Francisco Portugal, por sua vez, citou o movimento de ocupação nas escolas estaduais que vem acontecendo em vários estados. “Todos que estiveram em alguma ocupação devem ter ficado tocados com a força desse movimento que vem acontecendo nas escolas. A capacidade de negociação desses jovens com a Secretaria de Educação está sendo surpreendente. Todos merecem uma educação de qualidade e eles estão lutando por isso”.
Por fim, Fernanda Canavêz destacou a importância do evento como espaço de debates e troca de experiências entre os diversos profissionais que atuam no campo educacional. “Com certeza, teremos dois dias de trocas muitos felizes e oportunas”, finalizou.
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Disponíveis os certificados on-line de participação no II Seminário Psicologia nas Escolas
