A conselheira-presidente da Comissão Gestora do CRP-RJ na Baixada, Mônica Valéria Affonso Sampaio (CRP 05/44523), participou, no dia 24 de novembro, na biblioteca do Educandário Santo Expedito (unidade Bangu do Degase), do evento “Tecendo Redes: Psicologia e Relações Raciais”. A proposta era levar discussões pertinentes ao espaço de trabalho dos profissionais do Degase, especialmente as (os) psicólogas (os).
Para instigar a reflexão sobre a temática, foi exibido o documentário “Pele negra, máscara branca”. Em seguida, a psicóloga especialista em Clínica Psicanalítica pelo IPUB/UFRJ, Fabiane de Souza Vieira (CRP 05/28527), deu início ao debate citando a Resolução nº 018/2002, do Conselho Federal de Psicologia, que proíbe a (o) psicóloga (o) de efetuar qualquer discriminação de cunho racial.
“Assistimos no documentário que a maioria das pessoas se declarava de pele parda ou amarelada e isso tem relação com a necessidade de distanciamento da sua pertença étnico-racial para ser aceito nesta sociedade”, afirmou Fabiane.
Fabiane destacou ainda que a “branquitude” é um lugar simbólico de privilégios e que a “negritude” seria uma resposta ao racismo e à defesa do direito à diferença. Sua fala também relacionou a eugenia que prevaleceu como justificativa científica em determinado momento histórico para embasar o racismo, a higienização dos espaços públicos com a consequente migração da população negra dos grandes centros e a marginalização da cultura e da religião negras.
“O racismo é um mal que adoece a todas as pessoas, brancas ou negras. O psicólogo tem um compromisso de combater o racismo e defender a diferença, de acordo com a Resolução nº 018/2002”, finalizou.
Da esq. para dir.: Mônica e Fabiane
