Fórum de Saúde no Sistema Penitenciário chama atenção para saúde da população carcerária

Categoria(s):  DIREITOS HUMANOS, Notícias, SISTEMA PENITENCIÁRIO   Postado em: 14/12/2016 às 11:37

Em nota divulgada no dia 10 de dezembro – data em que se comemora o Dia Internacional dos Direitos Humanos –, o Fórum Permanente de Saúde no Sistema Penitenciário do Estado do Rio de Janeiro (FPSSP-RJ) chama atenção da sociedade e do poder público para a grave situação da saúde da população carcerária no estado do Rio.

Movimento social formado em 2011 a partir de uma articulação do CRP-RJ, o FPSSP-RJ vem denunciando a preocupante situação da saúde nas unidades prisionais, a qual afeta não somente a população encarcerada como também os demais profissionais que atuam nesse espaço.

Entre as doenças que afetam a saúde da população encarcerada e dos profissionais atuantes nas unidades prisionais, a tuberculose é a mais preocupante delas e, portanto, deve ser tratada como uma questão prioritária.

O Brasil é o 6º colocado no ranking dos países com maior incidência de tuberculose. Estima-se que um terço da população brasileira já teve contato com o bacilo da tuberculose, uma doença que pode afetar qualquer sujeito, independente da sua classe social.

Em virtude da precariedade e da superlotação do ambiente prisional, a população carcerária – e, por consequência, os profissionais que atuam junto a essas pessoas – possui até 40% a mais de chance de contrair a doença.

071113Leia abaixo a integra da nota divulgada pelo FPSSP-RJ.

“O Fórum Permanente de Saúde no Sistema Penitenciário do Estado do Rio de Janeiro (FPSSP-RJ), movimento social criado em 2011 a partir de uma audiência pública de iniciativa do CRP-RJ e da mobilização dos profissionais de Saúde que trabalham na Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), vem a público chamar atenção da sociedade e das autoridades responsáveis pela custódia das pessoas privadas de liberdade, dando visibilidade aos graves problemas de saúde da população encarcerada – atualmente, no Rio de Janeiro, em torno de 50 mil – diante da precariedade do ambiente prisional (insalubre, mal arejado, pouco iluminado e superpopuloso), o que facilita a propagação de doenças infecto contagiosas, como por exemplo, a tuberculose, comprometendo não apenas a saúde da população prisional, mas também a de seus familiares e dos funcionários das unidades.

Soma-se a isso a falta de profissionais e de recursos adequados e suficientes para diagnóstico e tratamento, o que agrava muito a situação, tornando-se um problema de saúde pública e violação do ESTADO aos DIREITOS HUMANOS”.