CFP participa de Audiência Pública com Ministro da Saúde sobre precarização de Hospitais Federais

Categoria(s):  Notícias, SAÚDE   Postado em: 31/08/2017 às 11:02

audiencia publicaA Comissão de Seguridade Social e Família recebeu hoje, dia 30 de agosto, o Ministro da Saúde, Ricardo Barros, no Congresso Nacional, em Brasília, para dar explicações sobre a exclusão de hospitais federais do Rio e de São Paulo do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF). Esse programa destina-se à reestruturação e revitalização dos hospitais das universidades federais integrados ao SUS.

Barros também foi questionado sobre a situação geral dos hospitais públicos do Rio de Janeiro, que vêm sofrendo com pouco financiamento e a não abertura de concurso público, ocasionando a precarização do trabalho digno dos profissionais e prejudicando o atendimento à população.

A Psicologia se fez presente através da presença da conselheira do Conselho Federal de Psicologia (CFP) Junia Lara.

A conselheira-presidente da Comissão de Saúde do CRP-RJ, Rita Louzada (CRP 05/11838), manifestou a posição do Conselho através da carta enviada à conselheira Junia.

Leia a carta de Rita Louzada na íntegra:

“A Psicologia considera a saúde como um direito de todos e um dever do Estado. Por isso o Sistema Conselhos se insere na luta pelas políticas públicas de saúde, defendendo o SUS – público e estatal – e os institutos/hospitais federais do Rio de Janeiro, que ora enfrentam graves problemas em função do desfinanciamento e dificuldades de contratação de profissionais. Temos certeza que as psicólogas e psicólogos que trabalham nessas unidades contribuem para garantir a integralidade da atenção em saúde, tal como preconizado pelo SUS. Mas, estamos atentos ao número de profissionais existente nas unidades, a sobrecarga sobre esses profissionais e a qualidade do trabalho que realizam. Não é possível atender à população com qualidade se existem vínculos precários de trabalho. Não é possível atender bem se a equipe é reduzida. Nossa luta, junto com outras entidades da Frente de Defesa dos Hospitais Federais visa, portanto, qualificar o trabalho pata atender mais e melhor à população.

Conclamamos as autoridades de saúde a desprecarizar o trabalho e garantir o funcionamento pleno dos hospitais federais do Rio de Janeiro. Para a Psicologia, mais especificamente, se faz necessário que os hospitais federais atendam a população em suas demandas específicas (relativas à oncologia, ortopedia, etc) mas também possam acolher os pacientes psiquiátricos que estão há anos sendo desinstitucionalizados neste país. Dessa maneira, dizemos não ao fechamento dos serviços hospitalares! E não à privatização da saúde e dos hospitais federais!”